O parque solar da Amareleja, no Alentejo, é uma das maiores centrais fotovoltaicas do mundo.
A energia solar é uma excelente fonte de energia renovável, extremamente competitiva, sobretudo em países como Portugal que regista uma média de duas a três mil horas de sol por ano. Apesar de requerer algum investimento para a sua instalação, acaba por ser vantajoso a médio e longo prazo, uma vez que proporciona grande poupança energética e económica. Apresenta a vantagem acrescida de ser uma energia com ausência de poluição quase total.
Em 2001, Portugal decide apostar em força no sector das energias renováveis. São investidos 240 milhões de euros na criação de um dos maiores parques solares fotovoltaicos do mundo, a Central Solar Fotovoltaica da Amareleja.
Localizada na Amareleja, no concelho de Moura, distrito de Beja, a cerca de 70km de Évora e próximo da fronteira com Espanha, a sua implantação deve-se a ser uma zona muito quente de verão, com recordes de temperatura máxima a nível nacional.
Começa a funcionar em dezembro de 2008, prevendo-se que produza energia "limpa" para a REN (Rede Eléctrica Nacional) durante 25 anos. A atual proprietária da central Solar da Amareleja é a empresa espanhola Acciona, que a comprou à Câmara Municipal de Moura, em janeiro de 2007.
Ocupa uma área de 250 hectares, o equivalente a 250 campos de futebol, sendo constituída por 2520 seguidores solares azimutais, isto é, dispositivos mecânicos que orientam os painéis solares para que estes sigam perpendicularmente o sol desde que nasce até que se põe. Produz energia suficiente para abastecer 30 mil habitações.
Numa segunda fase, associada à central, é construída, em Moura, no Parque Tecnológico, uma fábrica de painéis solares fotovoltaicos, a Fluitecnik, que produz diariamente cerca de 700 módulos para as marcas nacionais e internacionais.
É ainda construído um laboratório fotovoltaico que se dedica ao estudo, desenvolvimento, ensaio e certificação de equipamentos para o aproveitamento da energia solar. O laboratório promove igualmente atividades de investigação na área das energias renováveis.
Este projeto tripartido, cuja face mais visível é a Central Solar Fotovoltaica da Amareleja, traz vantagens para o país, colocando Portugal como líder na indústria das renováveis, quer como produtor de energia, quer como fabricante de elementos para esta indústria.
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