Cerdeira é a mais pequena das aldeias de xisto da serra da Lousã. Uma aldeia em cujas estreitas ruas não se circula de carro, podendo, assim, viver-se um ambiente de tranquilidade em estreiro contacto com a natureza.
São doze as aldeias de xisto da serra da Lousã. Cerdeira é a mais pequena, mas preserva o seu carácter que nos transporta no tempo e para um saber fazer tradicional.
Aninhada numa íngreme encosta e imersa em vegetação, o pequeno aglomerado é formado por um conjunto de casas de xisto que parecem desafiar a gravidade.
Cerdeira situa-se num alto, desenvolvendo-se em direção ao vale, onde corre um ribeiro. Descendo ao vale pode fazer-se um percurso pedonal de 2.5km que nos conduz ao Candal, outra das aldeias de xisto.
O acesso à aldeia apesar de alcatroado é estreito e sinuoso. Chegados temos que deixar o carro à entrada da aldeia e o resto do caminho faz-se a pé, descobrindo cada recanto. As estreitas ruas são empedradas em xisto, ou lousa, como aqui se diz. As casas expõem as suas paredes de pedra irregular. Na Cerdeira predomina o castanho / dourado da pedra, a par do verde da vegetação ou do musgo que cresce nos muros.
Acredita-se que a povoação remonte ao século XVII, mas as difíceis condições de vida locais levou ao seu abandono na década de 70.
Em 1988 a aldeia inabitada foi descoberta por uma jovem artista alemã a estudar em Coimbra. Inicia então a recuperação de um conjunto de casas, usando materiais e técnicas construtivas tradicionais. Promove igualmente workshops e festivais artísticos. A Cerdeira renasce, assim, como um lugar que alia história e artes.
"Cerdeira, um lugar de inspiração."
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