Carrilho da Graça é arquiteto e professor em Lisboa, tendo uma vasta obra que inclui grandes edifícios institucionais, bem como, intervenções em património histórico. O seu trabalho é internacionalmente reconhecido, tendo recebido importantes prémios a nível nacional e europeu.
15 Obras de Carrilho da Graça
Piscina Municipal de Campo Maior
Campo Maior, 1990Escola Superior de Comunicação Social de Lisboa
Lisboa, 1993Adaptação do Mosteiro de Flor de Rosa a Pousada
Crato, 1995Pavilhão do Conhecimento dos Mares, Expo 98
Lisboa, 1998Ponte Pedonal sobre o Esteiro de São Pedro
Aveiro, 2002Reconversão da antiga prisão em biblioteca municipal
Tavira, 2005Igreja de Santo António e Centro Paroquial
Portalegre, 2008Escola Superior de Música
Lisboa, 2008Museu do Oriente
Lisboa, 2008Ponte Pedonal sobre a Ribeira da Carpinteira
Covilhã, 2009Musealização arqueológica da Praça Nova do Castelo de São Jorge
Lisboa, 2010Data Center
Covilhã, 2013Reabilitação do Convento de São Francisco
Coimbra, 2016Terminal de Cruzeiros
Lisboa, 2017Carrilho da Graça: biografia
João Luís Carrilho da Graça, nasce em Portalegre, em 1952, onde vive até entrar para a faculdade. Licencia-se em arquitetura pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, em 1977.
No mesmo ano abre o seu próprio atelier. Os seus primeiros projetos são para o Alto-Alentejo. Contudo, é em Lisboa que tem obras de raiz de grande escala. Tem igualmente intervenções relevantes a nível de reabilitação do património histórico em vários pontos do país. Para além de Portugal, tem também obras em Madrid, Poitiers e Macau.
Arquitetura
A sua arquitetura detém uma linguagem marcante e assumidamente contemporânea. Assim, usa formas geométricas puras e simples onde predomina a cor branca. Em muitas das suas obras, quer de grande escala quer de menor dimensão, denota-se uma característica comum: a leveza com que os volumes tocam no chão, quase como que se levitassem. Esta ilusão de suspensão é reforçada pela criação de uma fachada envidraçada a nível do piso térreo, em contraposição à quase ausência de fenestração da volumetria dos pisos superiores.
Em obras de grande escala como por exemplo o Pavilhão do Conhecimento da Expo 98, a Escola Superior de Comunicação Social de Lisboa e o Museu do Oriente, Carrilho da Graça faz a contraposição de duas volumetrias, uma assumidamente vertical e uma de grande horizontalidade. Há, assim, um jogo de equilíbrio geométrico.
Outra característica comum a muitas das suas obras é a presença de um pátio central, que faz parte da volumetria. Um jogo de cheio-vazio. Assim, procura-se criar um local de tranquilidade, protegido pela volumetria envolvente.
Nas intervenções de reabilitação do património edificado Carrilho da Graça procura preservar e valorizar o existente. Assim, o gesto apesar de contemporâneo é minimal não chocando com a preexistência.
Atividade docente
Paralelamente à atividade de projeto, Carrilho da Graça exerce atividade docente na Universidade Técnica de Lisboa, entre 1977 e 1992, bem como, na Universidade Autónoma de Lisboa, entre 2001 e 2010. Foi igualmete professor na Universidade de Évora entre 2005 e 2013. Atualmente é professor catedrático da Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa.
Carrilho da Graça tem sido igualmente professor convidado de algumas universidades europeias.
Prémios
1992 | Prémio AICA – Associação de Críticos de Arte1994 | Prémio Secil pelo edifício da Escola Superior de Comunicação Social em Lisboa
1998, 2008, 2010 | Prémio Valmor
1999 | Prémio do Júri FAD pelo Pavilhão do Conhecimento dos Mares em Lisboa
2008 | Prémio Pessoa
2010 | Prémio Piranesi Prix de Rome pelo Núcleo Arqueológico do Castelo de São Jorge em Lisboa
2018 | Prémio Leon Battista Alberti
Algumas das suas obras foram igualmente nomeadas para o Prémio Mies van der Rohe em 1990, 1992, 1994, 1996, 2009, 2011, 2013, 2015 e 2019.
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