A Domus Municipalis, ou antigos Paços Municipais, como é igualmente conhecido o edifício, localiza-se no aglomerado amuralhado da cidadela, em Bragança.
Detinha uma dupla função: a de cisterna, ou sala de água, e a de Casa da Câmara. Não se sabe com precisão a data de construção da cisterna, mas estudos recentes apontam para o início do século XIV. Posteriormente, presumivelmente no século XV, assume nova funcionalidade: a de Casa da Câmara, função que manteve até meados do século XIX.
Domus Municipalis: arquitetura
O edifício é construído em granito e apresenta uma planta pentagonal, com faces de dimensões desiguais. Divide-se em dois espaços distintos. Por um lado, a cisterna, que ocupa o espaço subterrâneo e possui teto em abóbada. Por outro, numa posição sobrelevada, a Casa da Câmara, que se conforma num salão amplo e aberto.
A cobertura, com cornija, é de 5 águas com travamento de madeira. As águas pluviais provenientes da cobertura são reaproveitadas e encaminhadas para a cisterna, que, assim, armazena águas pluviais e de nascente.
As fachadas da Domus são totalmente rasgadas por vãos com arcos de volta inteira, o que confere singularidade ao edifício. Proporcionam, igualmente, grande luminosidade ao interior da antiga sala de reuniões municipal.
No interior, a Casa da Câmara apresenta pavimento em lajes de granito, com aberturas para acesso à cisterna. No perímetro da sala corre um banco de pedra que serviria para as mulheres pousarem os cântaros e, mais tarde, para assento dos membros do conselho municipal.
Em 1910 a Domus Municipalis é classificada como Monumento Nacional. Então devoluto, o edifício encontrava-se bastante degradado e descaracterizado por sucessivas adulterações. Na década de 20 é reabilitado, sendo, assim, demolidos os elementos desvirtuantes, bem como, algumas construções adjacentes.
Em 2008, o Igespar recuperou a Domus Municipalis devolvendo dignidade a este singular exemplo de arquitetura civil românica.
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Domus Municipalis - DGPC
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