O plano do Campus Universitário aposta na integração da nova zona na cidade e na articulação do espaço público exterior com os diferentes edifícios departamentais. Integra cerca de 40 edifícios dos mais reputados arquitetos portugueses.
Fundada em 1973, a Universidade de Aveiro (UA) é reconhecida nacional e internacionalmente como um importante centro tecnológico que aposta em áreas inovadoras. A qualidade de investigação, sobretudo na área das engenharias, coloca-a como uma das mais conceituadas universidades a nível europeu. O conhecido motor de busca português sapo foi criado em Aveiro em 1995.
A UA está implantada no Campus Universitário de Santiago, situado junto das antigas salinas, uma área equivalente a 92 campos de futebol. Com 65 edifícios, dos mais prestigiados arquitetos portugueses, o polo universitário é um verdadeiro Campus de Arquitetura Portuguesa Contemporânea. Nomes como Siza Vieira, Souto de Moura e Alcino Soutinho construíram a identidade visual da UA.
O Plano de Expansão do Campus, de 1988, foi coordenado pelo arquiteto Nuno Portas, definindo algumas linhas orientadoras, nomeadamente: cércea máxima de 3 pisos, uso de cobertura plana e revestimento de tijolo de barro vermelho de face à vista, tradicional na arquitetura industrial de Aveiro.
Possui uma alameda central com jardins e linhas de água, servida por uma galeria pedonal lateral, distribuindo-se os edifícios perpendicularmente a este eixo. A circulação viária faz-se por uma via perimetral que serve todos os edifícios. O campus estabelece um diálogo harmonioso com o ambiente natural envolvente. Esta coerência formal foi mantida ao longo das já duas décadas de história do campus.
A expansão da UA, faz-se para sul, para a zona da Agra do Crastro, separada do Campus de Santiago pelo esteiro de S. Pedro, segundo um Plano traçado pelo arq. João Luís Carrilho da Graça. Este sector foi reservado para as unidades de Investigação e Desenvolvimento e funções de apoio social e de lazer, como residências e cantina, entre outros.
A ligação pedonal e cicloviária entre os dois sectores faz-se por uma ponte projetada pelo arq. Carrilho da Graça. O acesso automóvel faz-se por uma pequena estrada junto das salinas, ao longo da qual se começa a consolidar uma zona de habitações de arquitetura contemporânea.
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