Localizado no centro histórico de Bragança, o solar dos Veiga Cabral foi construído no século XVIII, tendo sido posteriormente adquirido pelos Sá Vargas. Trata-se, assim, de uma casa nobre urbana, com planta retangular e fachada de dois pisos marcada por uma métrica regular de vãos.
Na década de 40 o Banco de Portugal compra o solar em hasta pública para instalação da sua delegação, que aí funciona até 1993, ficando posteriormente ao abandono.
Em 2001 o antigo solar é adquirido pelo município, para nele instalar um Centro de Arte Contemporânea. O projeto de reconversão é da autoria do arquiteto Eduardo Souto de Moura, tendo o edifício sido inaugurado em 2008.
Centro de Arte Contemporânea Graça Morais: arquitetura
O corpo do solar foi preservado, sendo limpo de adições que o desvirtuavam, devolvendo-lhe, assim, a traça original. No logradouro posterior foi criado um novo volume, de linguagem contemporânea e cércea aproximada à do solar. Este une-se ao primeiro por um corpo secundário de piso térreo. Os diferentes volumes conformam um pátio interior, com placa relvada e um pequeno tanque com uma bica de água, um espaço de carácter intimista.
A linguagem é comum a novo e reabilitado, minimal e com predomínio do branco. Esta cor predomina igualmente no interior, que combinado com o pavimento em madeira do edifício preexistente, faz realçar as coloridas obras da pintora Graça Morais.
O Centro de Arte Contemporânea Graça Morais subdivide-se, assim, em dois núcleos. O primeiro, que ocupa o antigo solar, alberga nas 7 salas do 1º piso exposições permanentes dedicadas à pintora transmontana, e, no r/c, a receção, loja, cafetaria e demais serviços. O segundo núcleo, nas novas volumetrias, inclui salas de exposições temporárias e demais serviços técnicos e administrativos.
+INFO
Centro de Arte Contemp. Graça Morais
Registo fotográfico: agosto 2012
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